Festas da Ascensão - Godim 2011

Festas em Honra do Sr da Misericórdia

As Festas da Ascensão 2011, uma tradição godinense, estão já a criar movimentações tanto ao nível religioso como ao nível profano, integrando mesmo a tentativa política de controlo das mesmas.

Foi recentemente criada uma Comissão de Festas com o objectivo de realizar, em moldes diferentes dos habituais, os tradicionais festejos já para o próximo ano de 2011.

Como é sabido, a realização das mesmas, ao tempo do Presidente Carvalhosa, era da responsabilidade da Junta de Freguesia, originado na necessidade de as fazer renascer e devido à inexistência de uma entidade com responsabilidades nesse sentido.

Esses festejos, puramente profanos, pecaram sempre por esquecer a componente religiosa. Por culpa de quem? Dos párocos? Da Comissão Fabriqueira? Da falta de diálogo?

Recentemente, algumas personalidades ligadas ao PSD resolveram criar uma Comissão de Festas com o intuito de se fazerem substituir à Junta de Freguesia PS de Godim e prevendo realizar as mesmas com moldes diferentes dos até agora utilizados, tentando juntar a componente religiosa aos festejos no sentido de as valorizar e fazê-las integrar na dinâmica da cidade.

A actual Junta de Freguesia de Godim, mantendo o hábito, tinha como intenção manter a responsabilidade da sua organização.

Destas duas intenções, e tendo em conta uma certa abertura da Junta de Freguesia PS, foi constituída após reunião uma Comissão de Festas composta pelas duas sensibilidades e «POR ELEMENTOS DOS VÁRIOS LUGARES DA FREGUESIA», conforme «INFORMAÇÃO» impressa e afixada nos muitos lugares de Godim.

A mesma «INFORMAÇÃO», além de anunciar a constituição da referida Comissão, anuncia também o início para breve do peditório para a realização das festas.

Só que, tanto a era do Presidente Carvalhosa como a dos párocos substituídos pelo actual Padre Coutinho, passou à história.

Apesar de ter ocorrido uma alteração de alguns dos protagonistas, com introdução de algumas ideias em tudo diferentes das ideias seguidas, mantém-se a mesma Comissão Fabriqueira, com as suas conhecidas e habituais posições e estratégias, assim como também o apetite devorador por parte dos políticos em controlar os festejos da Ascensão.

Outros personagens passaram a fazer "parte do problema", visto não estarem a conseguir fazer "parte da solução".

Com a vinda do Sr Padre Coutinho, e devido à tentativa legítima de governar a sua Igreja, da qual, repetimos, é o seu legítimo "pastor", surgiram algumas posições contrárias àquele originadas por uma pequena franja de godinenses. Vá-se lá saber porquê!...

Essas posições parecem estar a originar um certo mal-estar, uma certa instabilidade, que consideramos ser superficial. Que cada um saiba ocupar o seu lugar na gestão das sociedades e usar a sua cidadania sem querer ocupar funções alheias.

É sabido que o Padre e a Comissão Fabriqueira são os responsáveis da área religiosa, nada cabendo aos políticos da praça.

Não é compreensível nem aceitável a reunião ocorrida na DouroLar organizada por um dos elementos da recente Comissão de Festas, no mesmo dia e hora em que esta se reunia, no sentido de se discutir o governo da Igreja godinense instituído pelo Sr Padre Coutinho, e, encontrar as várias formas de combater e afastar o Sr Padre Coutinho de pároco de Godim.

Esse "mordomo" faltou à reunião da Comissão de Festas para, paralelamente e conjuntamente com mais cerca de uma dúzia de paroquianos, conspirar contra o mais alto responsável pela Paróquia de Godim, o que é de lamentar!

Como é possível um tal "mordomo" querer fazer "parte da solução", diga-se Festejos da Ascensão 2011 com componentes profana e religiosa, e ser ao mesmo tempo "parte do problema" ao criar anti-corpos direccionados aos responsáveis "soberanos" pela vertente religiosa, entenda-se Pároco e Comissão Fabriqueira?

Estas acções nada dignificam e servem apenas para descredibilizar a Comissão de Festas constituída pelas já faladas duas sensibilidades políticas - PS e PSD, bem como as pessoas que a compõem.

O relacionamento que se avizinha entre Comissão de Festas, Pároco e Comissão Fabriqueira, Junta (PS) e Município (PSD), não parecem ser nada pacíficas! E isso é bom para a concretização das festas?

Peso da Régua, 23 de Outubro de 2010

MIR* - Movimento Independente pela Régua*